Já vejo que não. A vida dele depois da volta constituem as noites no bar e as vezes sexo com algumas mulheres desconhecidas. Sexo sem amor, sem sentimentos, só um acto privado de calor e de ternura apresentado através do erotismo cru e pouco poético.
Imagem do filme "Waltz with Bashir" |
‘Despedimo-nos no vestibulo trocando numeros de telefone que imediatamente se esquecem.’.
Um dos muitos monólogos em que ele se dirige quase exclusivamente para si mesmo.
Não há espaço para a mulher do bar, não há a voz dela. Só ele e as lembranças, o desespero do homem que não consegue escapar das experiências do passado que o destruiu psicologicamente..
Continua a viver em Lisboa mas que vida é essa?
O seu apartamento parece ser um quarto dos hoteis, sem as fotos da familia, só os moveis.. Um espaço vazio para cultivar a sua solidão. Afinal o protagonista parece-me não um ser humano mas... um bicho. Que cumpre os seus instinctos, não se importa com os outros concentrado em si próprio, perdido num labirinto do passado. O que vocês acham sobre essa compração?
Não há espaço para a mulher do bar, não há a voz dela. Só ele e as lembranças, o desespero do homem que não consegue escapar das experiências do passado que o destruiu psicologicamente..
Continua a viver em Lisboa mas que vida é essa?
O seu apartamento parece ser um quarto dos hoteis, sem as fotos da familia, só os moveis.. Um espaço vazio para cultivar a sua solidão. Afinal o protagonista parece-me não um ser humano mas... um bicho. Que cumpre os seus instinctos, não se importa com os outros concentrado em si próprio, perdido num labirinto do passado. O que vocês acham sobre essa compração?
Já que o narrador citar frequentemente filmes, músicas, entre outros, e já que citaste a imagem de um filme, não haverá neste destino do narrador algum modelo de "inadaptado" vindo do cinema?
ResponderEliminarA comparação com um bicho não me parece útil, porque me parece que há mais (ou menos) do que instinto na actuação do narrador. E há uma outra coisa que não liga bem com "bicho" que é uma forte consciência da realidade. Realidade essa que parece que não se consegue alterar. Talvez valesse a pena trazer para aqui algo do que são os traumas de guerra. Alguma opinião médica que nos ajude a compreender este comportamento.