17/01/11

o remorso de baltazar serapião


Antes da leitura, já a capa do livro despertou a minha curiosidade. Simplesmente adoro a capa da edição do ano 2007 da Editora Quid Novi. O fundo é negro e no primeiro plano há um homem que está virado de costas, a sua pele está coberta com um mapa que parece ser uma parte do corpo dele. As linhas de montanhas, beira-mar, fronteiras e as letras parecem ser marcas ou feridas, dão-me uma ideia que esse mapa simboliza o caminho que cada de nos tem que seguir durante a sua vida, apresente a história que cada individuo tem: desconhecida e misteriosa para os outros. Segredos, experiências, medos, sucessos estão gravados na nossa alma, criam a nossa história que vestimos como a tatuagem. A imagem do mapa sugere-me também uma outra ideia/conotação: do fado, destino. Como na canção de Amália Rodrigues:

Bem pensado
Todos temos nosso fado
E quem nasce malfadado,
Melhor fado não terá!
Fado é sorte
E do berço até a morte,
Ninguém foge, por mais forte
Ao destino que Deus dá!


No momento em que nascemos já é atribuido à nos o dia da nossa morte. Não se pode fugir do seu fado, é como esse mapa, gravado em nos.O plano de Deus que não pode ser mudado, não há chance para isso. Andamos nesse mundo achando que tudo depende só de nos porém na verdade só seguimos o plano, percorremos os caminhos dessa mapa da vida que alguém preparou para nós, seja Deus ou demônio... Oque vocês acham sobre essa ideia? Que reflexões desperta em vos a capa do livro?

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